História

Monumento Nacional desde 1945, por decreto do então Presidente Getúlio Vargas, é a cidade de Minas que mais títulos colecionou ao longo de sua existência. O primeiro a abordar as suas terras foi o bandeirante paulista Salvador Fernandes Furtado de Mendonça, que lá chegou em 1696. O motivo da fixação no local foi a descoberta de grande quantidade de pepitas de ouro no Ribeirão do Carmo, às margens do qual nasceu o Arraial de Nossa Senhora do Carmo, que meio século depois , conforme Carta Régia de 1712, em homenagem à rainha D. Maria Ana d’Austria, mulher de D. João V, se tornaria Mariana.

O desenvolvimento do comércio, provocado pela extração constante do ouro, o surgimento de centros de cultura e a importância de suas instituições religiosas transformaram Mariana, em uma das mais importantes cidades da região central do País. Transformou-se em sede conjunta das capitanias de Minas e São Paulo; foi a primeira Capital destas duas importantes capitanias da colônia. Serviu de residência para os dois primeiros governadores, D. Bráz Balthazar e D. Pedro de Almeida. Em 1740 perde o título de capital para Vila Rica (Ouro Preto).

Mariana foi a primeira cidade do País, e muito provavelmente das Américas, a se formar e expandir através de uma planta previamente traçada.

Em 1745, o Papa com o apoio real, criou em Mariana o primeiro bispado (sede episcopal) por ser a mais antiga e ficar em um sítio cômodo para uma catedral. O primeiro Bispo de Mariana, nomeado pelo Papa, foi D. Frei Manoel da Cruz, que era até então o Bispo de Maranhão. Sua viagem do Maranhão até Mariana durou nada menos que 1 ano e 4 meses, fato que chegou a deixar aflitos os marianenses, já que o Dom Frei tinha medo de enfrentar o mar, optando por fazer o trajeto no interior. No entanto, o esforço dedicado de Dom Frei transformou a cidade em um núcleo irradiador do catolicismo.

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